Atualmente muito se discute sobre o autismo infantil, seja na mídia, no ambiente acadêmico, escolar e/ou familiar. O número de diagnóstico de pessoas diagnosticadas com o distúrbio aumentou muito nos últimos anos.
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Segundo uma pesquisa publicada em 2023 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos,1 a cada 36 crianças americanas com menos de 8 anos têm autismo.
A partir das características e questionamentos gerais, é possível se aprofundar nesse transtorno no desenvolvimento, que vem ganhando mais espaço nas discussões sobre inclusão, educação e saúde.
O que é o autismo?
Ele é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social.Tais disfunções estão presentes desde o nascimento ou começo da infância e permanecem ao longo de toda a vida nas pessoas com autismo. Entretanto, cada um deles é afetado em diferentes áreas e intensidades, o que resulta nas várias manifestações particulares que o espectro pode apresentar.
- Nível 1: Leve
- Nível 2: Moderado
- Nível 3: Severo
Quais as causas do autismo infantil?
As causas do autismo infantil são multifatoriais, envolvendo fatores genéticos e ambientais. Estudos científicos já identificaram genes específicos no transtorno, herdados geneticamente dos pais ou nascidos de mutações genéticas no sujeito.
Entretanto, a predisposição genética não é a única causa, ela se combina com aspectos ambientais. Exposição a agentes químicos, uso de substâncias e infecções durante a gestação, além de idade parental avançada e prematuridade são exemplos de fatores ambientais que podem contribuir para o aparecimento do autismo em crianças.
Quais os sintomas do autismo infantil?
Como já citado, o Transtorno do Espectro Autista possui diferentes intensidades que variam de um indivíduo a outro, apresentando formas de manifestações muito particulares. Desta forma, conclui-se que os sintomas não são uniformes para todas as crianças, apesar de alguns serem considerados mais comuns, como por exemplo:
Comprometimento das interações sociais: dificuldades em iniciar e/ou manter diálogos e em estabelecer contato visual;
Comportamentos repetitivos: através do corpo, ou repetir continuamente frases e palavras específicas;
Interesse fixo: ter muito interesse por temas e/ou objetos específicos, como por exemplo objetos que giram;
- Prejuízo na comunicação: dificuldades em compreender expressões faciais, gestos comunicativos e/ou figuras de linguagem.
Em alguns casos, os sintomas citados são intensos e acabam prejudicando a autonomia do paciente, enquanto em outras situações podem ser leves e passarem despercebidos. Vale ressaltar também que existem sinais específicos que representam qualidades fora do comum, como ter uma habilidade atípica com números e cálculos.
É importante ressaltar que os sintomas de neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida. Porém, o diagnóstico só pode ser estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. Além disso, é comum que o autismo infantil seja mais presente no sexo masculino.
Déficit de atenção e autismo são a mesma coisa?
É comum muitas pessoas confundirem os dois. Mas, o Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) é um distúrbio que tem como principal característica a falta de atenção em atividades rotineiras. Os sintomas incluem distração, dificuldade em terminar tarefas, falta de motivação, dentre outros. Além disso, a causa dele está relacionada a uma disfunção neurológica, que afeta o funcionamento do córtex pré-frontal.
Apesar do déficit de atenção e o autismo infantil serem distúrbios neurológicos, eles não são a mesma coisa, o que pode ser constatado pela diferença de sintomas. Entretanto, vale ressaltar que em muitos casos de autismo, a criança também apresenta TDA como uma condição associada.
Veja também: + O que é o TDAH infantil?
Como tratar o autismo infantil?
O tratamento é feito através de uma combinação de áreas e profissionais, ou seja, é um tratamento “em rede” que envolve: psicólogo, psiquiatra, neurologista, professor, fonoaudiólogo, entre outros, variando de caso para caso.
O TEA não é uma doença, portanto não apresenta uma cura. As formas de terapias e medicações são utilizadas com o intuito de tratarem os sintomas e condições associadas, como por exemplo desenvolver a linguagem e comunicação através da fonoaudiologia e tratar a falta de atenção por meio de remédios.
Como escolher a escola para uma criança autista?
A escolha de uma escola para a criança com autismo é muito relevante, pois o meio escolar influenciará diretamente em seu tratamento e desenvolvimento. Tendo isso em vista, visitar escolas é um bom passo para avaliar como está ocorrendo o processo de inclusão em cada instituição.
Além disso, conferir o que outros pais estão falando sobre as escolas é uma ótima forma de saber se a instituição é preparada para receber crianças autistas ou não. No site do Melhor Escola você consegue conferir o depoimento de pais, alunos, ex-alunos e professores, clique aqui para conferir.
É importante que os profissionais do ambiente estudantil demonstrem respeito com a criança, flexibilidade para adaptarem métodos e atividades, comprometimento em ajudar no desenvolvimento do aluno e, principalmente, capacidade de promover um trabalho em rede; tanto dentro da escola com professores de atendimento especializado, como também fora da escola com psicólogos, médicos e a família.